terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Derrubemos os Ídolos

Vamos pensar com nossos próprios cérebros, amar com nossos próprios corações, sentir prazer com nossos próprios corpos, viver nossa própria vida.
 
Cada um de nós tem sua história de vida, suas virtudes e seus vícios, suas forças e suas fraquezas.

Não é porque uma pessoa é competente em uma determinada área do conhecimento, da arte ou dos negócios que será competente ou boa em todas as áreas. Um bom cantor é isso: um bom cantor. Não é o fato de cantar bem que o transforma num sábio, num exemplo de virtude e de cidadania. Um bom jogador é um bom jogador. Um cientista competente é um cientista competente.



Mas parece termos a necessidade de idolatrar. Achamos que um excelente músico precisa ser um excelente pai, irmão, vizinho, amigo, cidadão. Revestimos os famosos com uma aura de perfeição e nos decepcionamos quando se revelam falhos em alguma área de sua vida. Mas essas decepções são apenas causadas por nós mesmos, pela necessidade de idolatrarmos certas pessoas e vivermos pelas suas medidas, e não pelas nossas.




Basta. Quem provê nossa subsistência não são os milionários do cinema. Quem orienta nossas tomadas de decisão não são os gurus indianos. Quem ama nossos filhos não são as apresentadoras de programas infantis. Quem luta na nossa vida cotidiana não são os jogadores famosos.

Somos nós que temos a responsabilidade de levar a vida adiante e de encontrar nossa própria filosofia de vida, a despeito do que possam fazer ou pensar os ídolos das massas, presentes e passados. No máximo, são referências.


Os mapas não são as estradas. Vamos derrubar os ídolos.


Domingos Savio Telles - Vice Presidente da AMORC GLP


Ordem Rosacruz, AMORC




terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um Místico e sua Missão




Anualmente, no dia 02 de agosto ou data próxima, os Organismos Afiliados da AMORC celebram uma homenagem a H. Spencer Lewis, o primeiro Imperator da Ordem Rosacruz para o atual ciclo.  Nosso blog homenageia o Frater Lewis neste ano com o texto abaixo, de autoria do Frater Salvatore Tasca, FRC.

"Ao prosseguirmos com nossos estudos rosacruzes, nos tornamos mais e mais conscientes da extraordinária envergadura de H. Spencer Lewis. Façamos um apanhado rápido de suas realizações.

Harvey Lewis possuía conhecimento profundo de filosofia no amplo sentido da palavra; uma excepcional visão dos proble­mas da vida. Dominava toda classe de fenômenos psíquicos, pintava quadros a óleo, fazia desenho artístico, pesquisava biologia, medicina e psicologia. Construiu o Luxatone, o órgão de cores, que demonstrava a harmo­nia entre sons e cores. Exercia atividade de fotógrafo e publicirio, sendo certo que um de seus slogans, "Conheça primeiro a Ame­rica", persiste a hoje. Montou o primeiro transmissor de rádio nos EUA (isto é, o primeiro no pais a funcionar). Grandes empresas de renome mundial o tinham como conselheiro de negócios e muitas delas expandiram suas atividades agindo de acordo com os princípios cósmicos.

E o que diremos do que escreveu? Como poderia ter escrito tanto? Como conseguiu tratar de tantos assuntos com tanta segu­raa? Seu expediente diário era praticamente o dobro em duração do que uma simples semana de 40 horas - e alguns de seus assessores o acompanhavam nisto, pois eram contagiados pelo seu extraordinário entusiasmo, apego e amor pelos ideais Rosacruzes em prol da humanidade. Suas pesquisas científicas, em todos os campos, somadas ao que aqui dissemos, nos dão um total fora do comum.

H. Spencer Lewis, 1915

Quando H. Spencer Lewis escreve as monografias, um livro, um artigo de revista, parece estar ao nosso lado, mostrando-nos um manuscrito em suas mãos, fazendo isso de maneira modesta, natural, conversando conosco, como um velho amigo (tanto que o nome místico "Alden", que ele escolheu, significa, em escocês antigo, "Velho Amigo"), deixando-nos livres para aceitar ou não o que nos indica.

Sempre que pudermos, lembremos, meditemos, sobre a importância da "Missão Cósmica" de um místico da sua estatura, e o que ela representa para o beneficio da huma­nidade. Lembremo-nos que o Frater H. Spencer Lewis teve como Missão Cósmica a de ajudar um numero muito grande de pessoas a subirem muitos, muitos degraus nesta encarnação, na Escala smica".

Salvatore Tasca, FRC 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Como é Fácil a Paz



Meditação pela Paz: Anualmente, no 3º Domingo de junho ou data próxima, os Organismos Afiliados da AMORC realizam uma cerimônia aberta denominada "Meditação para a Paz". Nesta atividade, rosacruzes e convidados tem a oportunidade de refletir sobre a paz, que é considerada como um reflexo da harmonia da nossa consciência com a beleza da realização Divina. É quando somos exortados a sermos sensíveis ao aspecto harmônico do nosso mundo e deixarmos Deus se irradiar através do nosso comportamento, assim encontraremos a paz que o mundo tanto necessita.



E quando paramos um pouco para refletir sobre a paz, percebemos que não é tão difícil, vejamos o que nos diz o Grande Mestre da Jurisdição de Língua Inglesa para Europa e África, Frater Sven Johansson, a respeito da Paz:

COMO É FÁCIL A PAZ

Palavras insensíveis e atos impensados, acusações sem os fatos,
língua maldosa, pensamento torcidos e atos egoísticos de toda espécie
Como é fácil a guerra!

Inveja, ódio, medo e cobiça;
a amargura de corações que sangram;
a intolerância que se vê em toda parte,
a angústia e a dor de quem lamenta em prantos ­
Como é fácil a guerra!

A falta de amor, bondade e compartilhamento;
o anseio por consolo, paz e afeto.
Argumentos cumprindo intencionalmente seu papel,
despedaçando, rasgando e quebrando o coração
Como é fácil a guerra!

Avareza, ciúme, ganho mercenário;
atos estúpidos que são claramente insanos;
malícia, crueldade, mesquinharia e depravação
e o empenho de chegar ao topo a qualquer preço ­
Como é fácil a guerra!

Comportamento ditatorial, conluios virulentos,
crenças fanáticas de alguns déspotas;
hostilidade, racismo, malevolência, desprezo,
simplicidade e facilidade com que se causa dor ­
Como é fácil a guerra!

Insensível, grosseira, indiferente para com a vida
A lei do revólver, a regra da faca:
endurecimento, maldade, inimizade, ódio, uma veneta de destruir e devastar -
Como é fácil a guerra!

Benevolência, generosidade, caridade, um sorriso:
compaixão e gentileza, um pouco de atenção,
calor, amor, ternura, preocupação,
sensibilidade, amabilidade, quando vamos aprender
que a paz é muito mais fácil?

Se o coração toca um pensamento e o pensamento
toca uma mente e a mente toca uma geração
e a geração toca todo o planeta
então, o miraculoso vai ocorrer,
e o riso, a alegria e a bondade vão prevalecer
pois teremos afinal descoberto ...

A PAZ.

E aqui mais uma vez perguntamos: Quando vamos aprender que a paz é muito mais fácil?

terça-feira, 8 de março de 2011

O Papel da Mulher no Misticismo




Desde a antiguidade até os dias atuais, sempre temos visto informações acerca do misticismo, como algo quase que exclusivo para os homens, como se fosse uma prerrogativa masculina tornar-se místico, ou integrar uma escola iniciática. Mas será que isso sempre foi assim?

Na prática pudemos observar exatamente o contrário, pois além da mulher estar sempre presente como esposa e companheira de grandes místicos do passado, também constatamos que no mundo místico e iniciático elas também existem. Se para o místico sincero, jamais houve barreiras entre as raças, as classes sociais e o ser humano de um modo geral, sempre houve e sempre haverá no seio das organizações consideradas tradicionais e iniciáticas, uma rejeição da polaridade feminina. Esta situação explica, talvez, a grande lacuna verificada quando compulsamos os adeptos desses movimentos.





Inúmeros são os autores que reconhecem o papel determinante da mulher na História, mas sempre na sombra, em segundo plano. Somente a Ordem Rosacruz, AMORC, através dos séculos, das idéias e dos costumes, e apesar das oposições e zombarias que sofreu, esforçou-se em preservar esse equilíbrio natural e desejável: a igualdade entre homem e mulher.

Para citarmos alguns exemplos de mulheres que fizeram história, não apenas como filha, mãe e esposa, mas também exerceram um papel importante e fundamental em certas organizações, encontramos mulheres como:

JEANNE GUESDON (1884-1955), ainda jovem sentiu-se atraída pelo misticismo, o esoterismo e as sociedades secretas a seduziam, por isso ela consagrou toda a sua energia e seu tempo na organização da jurisdição de língua francesa da Ordem Rosacruz – AMORC.

ESCLARMONDE DE FOIX (1155-1240), que reordenou a organização cátara, foi uma grande batalhadora, criou obras sociais, casas de ensino e sobretudo, hospitais para velhos e feridos de guerra.

TII e NEFERTITI (XVIII Dinastia Egípcia), essas rainhas foram consideradas duas grandes forças complementares nas páginas da história do Egito faraônico.

HELENA PETROVNA BLAVATSKY (1831-1891), possuindo largueza de espírito e de pensamento fundou a Sociedade Teosófica. Sua vida insólita e seus divinos pensamentos inspiraram os mais elevados e espirituais personagens do inicio do século XX.

HILDEGARDE DE BINGEN (1098-1179), exerceu o papel de pacificadora, conselheira e mediadora, evitando inúmeros conflitos entre os povos da Europa.

MÂ ANANDA MOYÍ (1896) considerada a maior mística da Índia, seus pensamentos e ensinamentos exerceram forte influencia junto aos seus discípulos.

DAMA PERNELLE (1326-1397), foi esposa do célebre Nicolas Flamel e juntos consagraram suas vidas à alquimia em busca da “pedra filosofal”.

MARIA DERAISMES (1828-1894), a despeito dos tabus e da segregação, ela derrubou uma muralha e retirou a máscara cinzenta da intolerância, sendo iniciada na franco-maçonaria.

THIPHAINE DE RAGUENEL (1335-1373), iniciada nas profecias do “mago Merlin” foi considerada pelos Franceses como uma mulher sábia, meiga e misteriosa, uma verdadeira fada.

JOANA D’ARC (1412-1431), uma mulher cujos feitos militares, civis e religiosos desta jovem foram objeto de dezenas de livros, artigos e conferencias, onde alguns destes destacaram a espiritualidade de Joana.

DONA BÉATRICE (1684-1706), uma africana que ao nascer recebeu o nome de Kimpa Vita, mas ao ser batizada recebeu o nome cristão de Dona Béatrice, foi considerada gloriosa, resoluta e ardente de fé, conhecida na tribuna da História como a “Joana D’Arc congolesa”.

Para concluir este resumo sobre a importância das mulheres no misticismo, citamos aquela que foi considerada pelos cristãos como um “sagrado santuário”, referimo-nos à MARIA, que ainda criança foi apresentada aos altos dignitários da grande fraternidade essênia, para mais tarde ser colocada sob a tutela do galileu José. O tempo passa, até que aparece-lhe um Mestre (um anjo) e lhe anuncia que é chegado o momento de ser cumprida a profecia dos magos: “Tu conceberás pelo verbo de Deus” . Alguns meses depois ela deu à luz a Jesus, “o verbo que era a verdadeira luz, e que vindo ao mundo, ilumina todos os homens”.



Estas treze personalidades aqui tratadas de forma resumida, são apenas alguns exemplos entre milhões de casos semelhantes ou paralelos que passaram pela humanidade. Este trabalho é consagrado à mulher, ao seu poder e às suas possibilidades. “Abordar o princípio feminino é evocar a história da Humanidade em seu todo”.

Texto baseado na obra Rosacruz As Grandes Iniciadas” de Helène Bernard – AMORC.